Como era o mundo na última vez que o Anberlin tocou no Brasil?

Faz tempo desde a última vez que os riffs do Anberlin ecoaram em solo brasileiro, em agosto de 2014, mais especificamente. Naquele tempo, foi anunciado como a turnê de despedida da banda, e muita gente acreditou que jamais seriam vistos tocando juntos em um palco. Os shows passaram por Porto Alegre, Curitiba e São Paulo, com Fresno e Esteban completando o line-up.

Mas e o mundo? Como estava o cenário ao nosso redor naquela época? O que mudou desde então? A resposta é: muita coisa.

No Brasil, Dilma ainda era presidenta…
Na política, Dilma Rousseff ainda comandava o país no seu primeiro mandato. O Brasil vivia um momento de oscilação social e política, com direito a manifestações nas ruas. que anunciava a sua queda em 2016.

O mundo estava à beira de grandes transformações
No exterior, a guerra civil na Síria se tornava cada vez mais impossível de ignorar, e a crise na Ucrânia era um dos principais tópicos dos jornais. Além disso, um nome começava a se espalhar: Estado Islâmico. Todos observavam assustados os avanços e a violência anunciada do grupo.

Ainda usávamos o iPhone 5S
Em agosto de 2014, a Apple ainda não tinha lançado o iPhone 6 e ainda vivíamos na era do iPhone 5S. Junto a isso, o WhatsApp, recém-comprado pelo Facebook, já começava a se tornar o principal meio de comunicação no Brasil (e o TikTok nem existia ainda).

Streaming?
A Netflix e Spotify engatinhavam. O consumo de música ainda era muito ligado ao download e ao Youtube, e os CDs ainda tinham seu espaço, sendo fortemente procurados.

Na trilha sonora da época
O topo das paradas era dominado por “Happy”, do Pharrell Williams, e “Dark Horse”, da Katy Perry, a música tão famosa do meme “Meu nome é Júlia”. Além disso, a banda Fresno lançava o disco “Infinito”, que contava com uma sonoridade mais madura e letras introspectivas, entrando bem na vibe da noite em que dividiram palco com o Anberlin.

Ano de Copa do Mundo (e 7×1)

E claro, não tem como lembrar dessa época de 2014 sem recordar o 7×1. A Copa, que é o momento que une o país em emoção e festa, teve o inesquecível (e trágico) 7×1 contra a Alemanha.

Retorno ao Brasil

Agora, em 2025, o Anberlin está de volta no Festival Polifonia, com Matty Mullins nos vocais, que também é vocalista do Memphis May Fire. Junto com eles, essa pequena viagem no tempo e, novamente, a banda Fresno, além de Hateen, Emery, Mae, Projeto Hare, Def, Boasorte e Morro Fuji.

Reencontrar uma banda que marcou uma fase da vida é também reencontrar quem a gente era naquele momento. O mundo mudou e nós também, mas certas músicas, certos shows continuam marcados como se o tempo não tivesse passado. Ah, e mais detalhes do Festival Polifonia, você encontra aqui em baixo.

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