O quarto disco de estúdio do cantor e compositor Rubel chegou às plataformas digitais. “Beleza. Mas agora o que a gente faz com isso?” foi lançado na ultima quarta-feira, às 22h.
Formado por nove faixas, o álbum foi lançado juntamente com um curta-metragem dirigido por Larissa Zaidan. A capa do disco traz uma estética natural, que remete as capas dos anos 70, muito utilizadas na MPB na época. Em postagem no Instagram, o cantor comenta: “Essa foto é 100% real e analógica, e não contém nenhum uso de inteligência artificial. Nada contra os robôs, desde que possamos viver em paz.” O apreço por uma estética mais crua e analógica vem sendo uma tendência nos artistas brasileiros da chamada “Nova MPB”. Nomes como Liniker e Anavitoria também são representantes dessa corrente.
A preocupação com uma estética natural não aparece apenas na capa do disco. O nome convida o público a refletir sobre o “a gente”, o “nós”. As relações são um tema constante, abordado desde a perspectiva subjetiva, individual, até a reflexão sobre as trocas, afetos e amores. Outra característica que chama atenção é a forma como o álbum vai crescendo conforme as músicas passam. Enquanto os primeiros arranjos são mais melancólicos e criam uma atmosfera de calmaria, faixas como “Azul, Bebê” trazem uma sonoridade mais alegre, afetuosa e contagiante. A faixa “Pergunta ao Tempo” é um destaque, que traz uma reflexão sobre o tempo, sobre a vida, e uma letra tão marcante que se sobrepõe ao arranjo e aos instrumentos.
O curta é um trabalho que complementa e ilustra a atmosfera do disco: as relações, a calmaria e a beleza que existe no cotidiano são cenas presentes nas músicas e muito bem colocadas no resultado visual. Evidentemente um trabalho feito por muitas mãos,
Esse é um convite à reflexão sobre a vida, as relações, afetos e o tempo. Rubel volta para si, para o seu violão e divide sua melancia com a gente. É um álbum breve, com sensações e emoções que durariam vidas inteiras. Você pode escutar clicando abaixo: